sábado, 12 de março de 2016

Meios de Combater a Obsessão

249. Os meios de se combater a obsessão variam, de acordo com o caráter que ela reveste. Não existe realmente perigo para o médium que se ache bem convencido de que está a haver-se com um Espírito mentiroso, como sucede na obsessão simples; esta não passa então, para ele, de fato desagradável. Mas, precisamente porque lhe é desagradável constitui uma razão de mais para que o Espírito se encarnice em vexá-lo. Duas coisas essenciais se têm que fazer nesse caso: provar ao Espírito que não está iludido por ele e que lhe é impossível enganar; depois, cansar-lhe a paciência, mostrando-se mais paciente que ele. Desde que se convença de que está a perder o tempo, retirar-se-á, como fazem os importunos a quem não se dá ouvidos.

Isto, porém, nem sempre basta e pode levar muito tempo, porquanto Espíritos há tenazes, para os quais meses e anos nada são. Além disso, portanto, deve o médium dirigir um apelo fervoroso ao seu anjo bom, assim como aos bons Espíritos que lhe são simpáticos, pedindo-lhes que o assistam. Quanto ao Espírito obsessor, por mau que seja, deve tratá-lo com severidade, mas com benevolência e vencê-lo pelos bons processos, orando por ele. Se for realmente perverso, a princípio zombará desses meios; porém, moralizado com perseverança, acabará por emendar-se. É uma conversão a empreender, tarefa muitas vezes penosa, ingrata, mesmo desagradável, mas cujo mérito está na dificuldade que ofereça e que, se bem desempenhada, dá sempre a satisfação de se ter cumprido um dever de caridade e, quase sempre, a de ter-se reconduzido ao bom caminho uma alma perdida.
 
Convém igualmente se interrompa toda comunicação escrita, desde que se reconheça que procede de um Espírito mau, que a nenhuma razão quer atender, a fim de se lhe não dar o prazer de ser ouvido. Em certos casos, pode até convir que o médium deixe de escrever por algum tempo, regulando-se então pelas circunstâncias. Entretanto, se o médium escrevente pode evitar essas confabulações, outro tanto já não se dá com o médium audiente, que o Espírito obsessor persegue às vezes a todo instante com as suas proposições grosseiras e obscenas e que nem sequer dispõe do recurso de tapar os ouvidos. Aliás, cumpre se reconheça que algumas pessoas se divertem com a linguagem trivial dessa espécie de Espíritos, que os animam e provocam com o rirem de suas tolices, em vez de lhes imporem silêncio e de os moralizarem. Os nossos conselhos não podem servir a esses, que desejam afogar-se.

 O Livro dos Médiuns - Allan Kardec.
Cap. XXIII - Da Obsessão - Item 249. - Meios de Combater a Obsessão.

Quando falamos de obsessões, e vamos somando todos os conhecimentos espíritas adquiridos, concluímos, ao meu ver, que nós mesmos somos os nossos maiores e principais obsessores.

Somos nós que damos brechas através de nossas imperfeições e falta de vigilância. Somos nós que deixamos, por preguiça, pra depois nossa moralização. Somos nós, com essa sintonia, que atraímos irmãos desencarnados com uma moralidade ainda aquém da nossa, e que ainda se comprazem no sofrimento e dor alheios.

Como Kardec nos sugere, provar a esse espírito que estão perdendo tempo conosco, torna-se difícil devido a nossa falta de paciência. Como afirmado acima, para o espírito, meses e anos não são nada, porquanto para nós, é difícil manter-nos calmo e paciente frente a um irmão pouco elevado que se demora por anos em nosso encalço esperando brechas, e aproveitando as brechas que damos, para se nos afinar com ideias e pensamentos pouco elevados.

Como um dos poderosos meio que está a nossa disposição a todo o momento e do qual nos esquecemos com tanta facilidade, a prece, o ligar-se com o nosso criador. Sintonizarmo-nos com espíritos de segunda e primeira ordem e com seu apoio diminuirmos as influencias negativas que porventura estejamos a sermos “vítimas”.

Mas de fato, o que devemos encerrar em nossas mentes é que para que essas brechas não ocorram, devemos incessantemente trabalhar para nossa elevação intelecto-moral. Vibrarmos em sintonia com o bem, e pondo em prática as forças da alma, o amor do cristo, na prática da caridade ao próximo de forma abnegada e incondicional.

Cada um tem em suas mãos a própria cura, até mesmo para as obsessões, dependerá principalmente da sua autoconscientização, e esforço que empreenderás para sua própria mudança intima.

Kenedy Rocha

Adm. De O Portal Espírita.

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