
Isto, porém, nem sempre basta e pode levar muito tempo, porquanto
Espíritos há tenazes, para os quais meses e anos nada são. Além disso,
portanto, deve o médium dirigir um apelo fervoroso ao seu anjo bom, assim como
aos bons Espíritos que lhe são simpáticos, pedindo-lhes que o assistam. Quanto
ao Espírito obsessor, por mau que seja, deve tratá-lo com severidade, mas com
benevolência e vencê-lo pelos bons processos, orando por ele. Se for realmente
perverso, a princípio zombará desses meios; porém, moralizado com perseverança,
acabará por emendar-se. É uma conversão a empreender, tarefa muitas vezes
penosa, ingrata, mesmo desagradável, mas cujo mérito está na dificuldade que
ofereça e que, se bem desempenhada, dá sempre a satisfação de se ter cumprido
um dever de caridade e, quase sempre, a de ter-se reconduzido ao bom caminho
uma alma perdida.
Convém igualmente se interrompa toda comunicação escrita, desde
que se reconheça que procede de um Espírito mau, que a nenhuma razão quer
atender, a fim de se lhe não dar o prazer de ser ouvido. Em certos casos, pode
até convir que o médium deixe de escrever por algum tempo, regulando-se então
pelas circunstâncias. Entretanto, se o médium escrevente pode evitar essas
confabulações, outro tanto já não se dá com o médium audiente, que o Espírito obsessor
persegue às vezes a todo instante com as suas proposições grosseiras e obscenas
e que nem sequer dispõe do recurso de tapar os ouvidos. Aliás, cumpre se
reconheça que algumas pessoas se divertem com a linguagem trivial dessa espécie
de Espíritos, que os animam e provocam com o rirem de suas tolices, em vez de lhes
imporem silêncio e de os moralizarem. Os nossos conselhos não podem servir a
esses, que desejam afogar-se.
O Livro dos Médiuns - Allan Kardec.
Cap. XXIII - Da Obsessão - Item 249. - Meios de Combater a Obsessão.
Quando falamos de obsessões, e vamos somando todos os
conhecimentos espíritas adquiridos, concluímos, ao meu ver, que nós mesmos
somos os nossos maiores e principais obsessores.
Somos nós que damos brechas através de nossas imperfeições e
falta de vigilância. Somos nós que deixamos, por preguiça, pra depois nossa
moralização. Somos nós, com essa sintonia, que atraímos irmãos desencarnados
com uma moralidade ainda aquém da nossa, e que ainda se comprazem no sofrimento
e dor alheios.
Como
Kardec nos sugere, provar a esse espírito que estão perdendo tempo conosco,
torna-se difícil devido a nossa falta de paciência. Como afirmado acima, para o
espírito, meses e anos não são nada, porquanto para nós, é difícil manter-nos
calmo e paciente frente a um irmão pouco elevado que se demora por anos em
nosso encalço esperando brechas, e aproveitando as brechas que damos, para se
nos afinar com ideias e pensamentos pouco elevados.
Como
um dos poderosos meio que está a nossa disposição a todo o momento e do qual
nos esquecemos com tanta facilidade, a prece, o ligar-se com o nosso criador. Sintonizarmo-nos
com espíritos de segunda e primeira ordem e com seu apoio diminuirmos as
influencias negativas que porventura estejamos a sermos “vítimas”.

Cada
um tem em suas mãos a própria cura, até mesmo para as obsessões, dependerá
principalmente da sua autoconscientização, e esforço que empreenderás para sua
própria mudança intima.
Kenedy
Rocha
Adm.
De O Portal Espírita.