Não sou nenhum historiador, nem tão pouco biógrafo
de Kardec, mas me disponho a trazer um pouco de informações de forma resumida
sobre o mesmo, e a singela homenagem do Portal Espírita.
Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em 03 de
outubro de 1804 em Lyon e desencarnando em 31 de março de 1864 na França aos
seus 59 anos de idade. Filho do juiz e advogado, também com carreira militar, Jean-Baptiste
Antoine Rivail (5/02/1759 – 1807) e sua mãe Jeanne-Louise Duhamel (15/04/1773 -
?) que se casaram em Bourg-en-Bresse em 05/02/1793. Teve dois irmãos mais
velhos: Auguste Claude Joseph François (27/10/1796 – 27/12/1802, desencarnou
com 6 anos), e Marie-Françoise Charlotte
Éloise (01/08/1799 – 14/10/1801, desencarnou com 2 anos). Criado, portanto, por
sua mãe com ajuda de sua avó materna, Charlotte Marie Bochard, viúva de Benoît
Marie Duhamel, e de seu tio materno François Duhamel. O avô materno de Kardec, Benôit
Marie Duhamel, tinha cargo equivalente ao governador do estado. E o pai de sua
avó, Claude Louis Bochard, também tinha funções elevadas. Sendo então de uma
família abastarda, possibilitando assim os estudos de Kardec no famoso Instituto
de Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), este por sua vez influenciado por Jean
Jacques Rosseau (1712-1778), em Yverdon (Suíça).
Pestalozzi compreendia que o desenvolvimento da
criança é de dentro para fora. Que a escola seria um segundo lar para elas. Que
o educador deveria dar atenção à sua evolução, aptidões e necessidades. E que o
afeto, em especial o amor materno, que, segundo ele, deflagra o processo de
auto-educação. Segundo ele, o processo
educativo deveria englobar três dimensões humanas, identificadas com a cabeça,
a mão e o coração. O objetivo final do aprendizado deveria ser uma formação
também tripla: intelectual, física e moral. E o método de estudo deveria
reduzir-se a seus três elementos mais simples: som, forma e número. Só depois
da percepção viria a linguagem. Com os instrumentos adquiridos desse modo, o
estudante teria condições de encontrar em si mesmo liberdade e autonomia moral.
Como alcançar esse objetivo dependia de uma trajetória íntima, Pestalozzi não
acreditava em julgamento externo. Por isso, em suas escolas não havia notas ou
provas, castigos ou recompensas, numa época em que chicotear os alunos era
comum.
Após concluir sua formação em Yverdon e de volta a
França, Rivail dedicar-se-á à Educação, na condição de notável discípulo e
divulgador do Método Pestalozziano de Ensino. Sua biografia atribuir-lhe-á a
autoria de diversas obras no campo da Educação e da Ciência. Sua vasta e sólida
formação permitir-lhe-á transitar pela docência da lógica, retórica, anatomia
comparada, fisiologia, aritmética e gramática. Poliglota, além do francês,
dominará o alemão - sua língua adotiva - o inglês, o holandês, e possuirá
sólidos conhecimentos do latim, do grego, do gaulês e de algumas línguas
latinas, nas quais se exprimira corretamente (Italiano e espanhol).
Rivail tem as seguintes obras de sua autoria, antes
do espiritismo: (1) Plano para o Melhoramento da Instrução Pública (1828); (2) Curso
Prático e Teórico de Aritmética, segundo o Método de Pestalozzi e para uso dos
professores e das mães de família (1829); (3) Gramática Clássica
Francesa(1831); (4) Manual para Exames de Capacidade; Soluções Racionais de
Questões e Problemas de Aritmética e Geometria(1846); (5) Programas dos Cursos ordinários e Física,
Química, Astronomia e Fisiologia(que Kardec fazia no Liceu Plimático); (6) Pontos
para os Exames do Hotel de Ville e da Sorbone, acompanhados de Instruções
Especiais sobre as dificuldades Ortográficas(1849).
Hippolyte Léon Denizard Rivail casou-se em 06/02/1832
com Amélie–Gabrielle Boudet (23/11/1795 – 21/01/1883), foi uma professora e
artista plástica francesa. Autora das seguintes obras: "Contos
Primaveris" (1825), "Noções de Desenho" (1826) e "O Essencial
em Belas Artes" (1828). Colaborou permanentemente com os estudos do
marido, tornando-se grande incentivadora do trabalho de Codificação e difusão
do Espiritismo. Após o falecimento de seu esposo, em 1869, assumiu todos os
encargos necessários à gestão do Espiritismo, na França e no mundo. Não tiveram
filhos.
Como codificador da Doutrina Espírita, adotou o pseudônimo
de Allan Kardec, nome este que lhes fora revelado como sendo de uma existência
anterior como Druida, nas Gálias, e publicou as seguintes obras:
1. O Livro dos Espíritos (18/04/1857).
2. Instrução prática sobre as manifestações espíritas
(1858).
3. O Que é o Espiritismo (1859).
4. O Livro dos Médiuns (1861).
5. Viagem Espírita (1862).
6. O Espiritismo em Sua Expressão mais Simples (1862).
7. O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864).
8. Resumo das Leis dos Fenômenos Espírita (1864).
9. O Céu e o Inferno (1865).
10.
A Gênese (1868).
11.
Caráter da
Revelação Espírita (1868).
12.
Catálogo
Racional das Obras para se fundar uma Biblioteca Espírita (1869).
13.
Obras Póstumas
(1890).
14.
O Principiante
Espírita (1956).
15.
A Obsessão
(1969).
16.
Coletânea de
Preces Espíritas.
17.
Dicionário
Espírita.
A Revista Espírita (Janeiro de 1858 à Dezembro de
1869, totalizando 144 Revistas mensais e 12 Livros Anuais das Revistas).
18.
A Revista
Espírita (1858).
19.
A Revista
Espírita (1859).
20.
A Revista
Espírita (1860).
21.
A Revista
Espírita (1861).
22.
A Revista
Espírita (1862).
23.
A Revista
Espírita (1863).
24.
A Revista
Espírita (1864).
25.
A Revista
Espírita (1865).
26.
A Revista
Espírita (1866).
27.
A Revista
Espírita (1867).
28.
A Revista
Espírita (1868).
29.
A Revista
Espírita (1869).
Links usados nas pesquisas.
Excelente texto para estudo.
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