quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O Missionário da Terceira Revelação

Em 1854, o Prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail ouve falar, pela primeira vez, sobre o fenômeno das mesas girantes. Em maio de 1855, presencia o fenômeno, constatando a sua autenticidade e predispondo-se a estudá-lo a fundo.

Em 12 de junho de 1856, o Prof. Rivail mantém um diálogo com o Espírito Verdade, o qual confirma a missão que outros Espíritos já lhe haviam anunciado e acrescenta: “Previno-te de que é rude a tua [missão], porquanto se trata de abalar e transformar o mundo inteiro. [...] Tens que expor a tua pessoa. Suscitarás contra ti ódios terríveis; inimigos encarniçados se conjurarão para tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão desprezadas e falseadas; por mais de uma vez sucumbirás sob o peso da fadiga; numa palavra: terás de sustentar uma luta quase contínua, com sacrifício de teu repouso, da tua tranquilidade, da tua saúde e até da tua vida, pois sem isso, viverias muito mais tempo. [...] Para tais missões, não basta a inteligência. Faz-se mister, primeiramente, para agradar a Deus, humildade, modéstia e desinteresse [...] coragem, perseverança e inabalável firmeza [...] prudência e tato [...]. Exigem-se, por fim, devotamento, abnegação e disposição a todos os sacrifícios”.* (*Allan Kardec – Obras Póstumas – Segunda parte – “Minha missão”.)

Diante de tal revelação, o Prof. Rivail aceita tudo sem restrição e eleva a Deus uma prece: “Senhor! pois que te dignaste lançar os olhos sobre mim para cumprimento dos teus desígnios, faça-se a tua vontade! Está nas tuas mãos a minha vida; dispõe do teu servo. [...]”.

Dez anos e meio depois, Kardec atesta que a comunicação do Espírito Verdade se realizou em todos os pontos e que, com a assistência dos bons Espíritos, enfrentou os desafios da missão recebida e executou a sua tarefa com ardor, determinação e perseverança, sem se preocupar com a maldade de que era alvo. Observa, ainda, as alegrias que estava vivenciando, vendo a obra crescer e a Doutrina Espírita se espalhar, consolando os aflitos.

Em março de 1869, retorna ao mundo espiritual, deixando à Humanidade a Doutrina Espírita codificada – o Consolador Prometido por Jesus materializado entre os homens. E lega, também, a todos nós, um exemplo de humildade, dedicação e espírito de sacrifício, que deve ser seguido, fielmente, pelos que pretendam colaborar, com êxito, na difusão de sua obra.

REVISTA - O REFORMADOR
OUTUBRO DE 2007.

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