sábado, 2 de fevereiro de 2013

Definindo Rumos

Em verdade, meu amigo, terás encontrado no Espiritismo a tua renovação mental.

O fenômeno terá modificado as tuas convicções.

As conclusões filosóficas alteraram, decerto, a tua visão do mundo.

Admites, agora, a imortalidade do ser.

Sentes a excelsitude do teu próprio destino.

Mas se essa transformação da inteligência não te reergue o coração com o aperfeiçoamento íntimo, se os princípios que abraças não te fazem melhor, à frente dos nossos irmãos da Humanidade, para que te serve o conhecimento? Se uma força superior te não educa as emoções, se a cultura te não dirige para a elevação do caráter e dosentimento, que fazes do tesouro intelectual que a vida te confia?

Não vale o intercâmbio, somente pelo capricho atendido.

A expressão gritante do inabitual pode estar vazia de substância.

A ventania impetuosa que varre o solo, com imenso alarido, costuma gerar o deserto, enquanto que o rio silencioso e simples garante a floresta e a cidade, os lares e os rebanhos.

Se procuras contacto com o plano espiritual, recorda que a morte do corpo não nos santifica. Além do túmulo, há também sábios e ignorantes, justos e injustos, corações no céu e consciências no inferno purgatorial . . .

As excursões no desconhecido reclamam condutores.

O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...

Não te afastes dEle.

Registrarás sublimes narrações do Infinito na palavra dos grandes orientadores, ouvirás muitas vozes amigas que te lisonjearão a personalidade, escutarás novidades que te arrebatam ao êxtase, entretanto, somente com Jesus no Evangelho bem vivido é que reestruturaremos a nossa individualidade eterna para a sublime ascensão à Consciência do Universo.
* * *

Estas páginas despretensiosas constituem um apelo à congregação de nossas forças em torno do Cristo, nosso Mestre e Senhor.

Sem a Boa Nova, a nossa Doutrina Consoladora será provavelmente um formoso parque de estudos e indagações, discussões e experimentos, reuniões e assembléias, louvores e assombros, mas a felicidade não é produto de deduções e demonstrações. 

Busquemos, pois, com o Celeste Benfeitor a lição da mente purificada, do coração aberto à verdadeira fraternidade, das mãos ativas na prática do bem e o Evangelho nos ensinará a encontrar no Espiritismo o caminho de amor e luz para a Alegria Perfeita. 

 Emmanuel

Pedro Leopoldo , 10 de junho de 1952

Emmanuel, Roteiro - Francisco Cândido Xavier,

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